sábado, 14 de agosto de 2010

silêncio de mim

Sei de um silêncio que me espreita.
Que eu procuro pelas frestas de mim em horas várias, desde os instantes primeiros da manhã, quando me ponho quieta.
Que se coloca nas entrelinhas do meu verso, invasivo silêncio, que não me deixa dormir.
Espelho de mim no qual esbarro, num canto da minha sala, e que me some, súbito fantasma.
Um silêncio que eu procuro e que jamais encontro.
Que foge de mim e que me espia.

Angela Nabuco

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