domingo, 19 de setembro de 2010

estranhamento


pernas, braços, visceras
carrego o corpo
às vezes leve, pesado
às vezes

dobro
aprendo-o em dor

nas despedidas morre
aos poucos

nele atravesso
a vida que tem pressa

angela me disseram
sem que angelitude
me coubesse

nesse corpo que sou eu
mas que nem
sei se me conhece

angela nabuco

2 comentários:

  1. [sim, é nele que a 'vida atrasa']
    Mas que poema contundente, Angela!!!


    beijo.

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  2. Este poema é uma música e o corpo nele dança magistralmente.
    Bjos

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